
A história do Homem de Linho Branco
TEXTO COMPILADO E POSTADO POR BELLA ZINGARA.
Ele se veste todo de branco, com seu terno de linho, chapéu e sapatos branquíssimos.
Toda a vestimenta branca em cima da pele negra e brilhante do senhor elegante que
sai todas as noites, para os bares.
Fica sozinho até ouvir uma gargalhada. Se une a quem sorri, se estiverem jogando sinuca, dá uma tacada e com ela encaçapa todas as bolas que estiverem na mesa.
Bebe mais um pouco e muda de local. Ninguém sabe de onde veio e não sabem também como chamá-lo. Não tem nome, não é chamado mas também não chama por ninguém. Apenas aparece.
Foi em uma noite dessas de luar-lanterna, em que tudo está claro na escuridão da noite, que o filho do dono de um botequim que fica abaixo do morro alto resolveu descobrir de onde veio aquele homem e o seguiu. Nessa noite ele ficou atento, esperou que o homem de terno branco saísse do recinto e o seguiu de longe.
O terno ficou azul, pois refletia a cor do céu e da lua. Meu São Jorge me proteja! Disse baixinho. O homem de chapéu virou-se bruscamente e o rapaz se escondeu. Ele me viu! Continuou abaixo observando e seguindo, mas só com os olhos.
Gotas começaram a cair do céu, que era aberto e claro de luar sincero, ficou escuro. As nuvens taparam a lua e os raios caíam esbravejando. Chuvisco, virou chuva e a chuva, tempestade. O céu tremeu violento e o menino mal conseguia mover as pernas, estava abismado como o que via. Não era o céu ou a chuva era o homem de sapatos brancos.
Ele estava seco, intacto e brilhante. A luz da lua o iluminava. O garoto viu que o homem se abaixou pegou uma vara no chão, uma varinha de jabuticabeira e saiu pela chuva abrindo caminho.
Nenhuma gota tocou o misterioso homem. O menino pôde ver, pois chegando no topo do morro ele alcançou o senhor de branco que entrou em uma pequena casa e deitou-se em uma esteira com seu chapéu, seu sapato e seu terno..e lá de cima daquele morro ele mirava a cidade como se estivesse de guarda....
SALVE! SEU ZÉ PILINTRA DAS ALMAS!
SALVE A MALANDRAGEM!
Nenhum comentário:
Postar um comentário